Dez medidas para reduzir o número de abortos

A participação dos médicos na decisão da mãe pode ser fundamental, mas como eles devem agir?

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Considerar o aborto como um direito dificulta a intervenção profissional de apoio à mulher grávida. De fato, muitos médicos de família se tornaram meras fontes de informação sobre o aborto, e esta atuação deixa a mulher sozinha com seu problema.

A organização espanhola "Profissionais pela Ética" defende a política de "Aborto Zero", bem como a proteção e cuidado da vida humana em todas as suas etapas e a promoção da ajuda à mulher grávida.

No entanto, enquanto não se atinge esta meta no país, a organização propõe 10 medidas para proteger a vida do concebido e os direitos da mulher grávida:

1. Criar centros de ajuda, atenção e assessoria nas comunidades, que impulsionem a resolução efetiva dos conflitos mediante uma política de ajudas sociais para a mulher, especialmente em casos de gravidezindesejada.

2. Criar comissões centralizadas e interdisciplinares, que adotem a decisão final sobre admitir ou negar o recurso ao aborto nos casos descriminalizados, levando em consideração os certificados oferecidos pelos especialistas.

3. Permitir a objeção de consciência coletiva e da equipe envolvida na prática do aborto. Estabelecer como único requisito para notificar a objeção de consciência a comunicação oral ao responsável do centro, com o fim de preservar a confidencialidade.

4. Concretizar e pormenorizar as medidas de apoio à mulher grávida, incluindo novas prestações sociais e trabalhistas.

5. Promover a inspeção e os controles das clínicas onde se realizam os abortos, para evitar abusos e a violação dos casos previstos por lei.

6. Unificar a informação de todos os profissionais sobre o desenvolvimento fetal e os possíveis riscos e sequelas do aborto, impulsionando a protocolação da informação, com a colaboração dos colégios de médicos e suas comissões deontológicas.

7. Abordar programas específicos de ajuda à adolescente grávida para enfrentar os problemas particulares que este grupo especialmente vulnerável pode ter.

8. Indicar e facilitar a atenção preferencial nos centros de referência em tratamento intrauterino para os casos pertinentes.

9. Promover o apoio psicoemocional e uma rede de ajudas específicas diante de diagnósticos de possíveis deficiências.

10. Agilizar os trâmites de adoção para aquelas mulheres que, chegando ao final da gravidez, não desejem ou não possam assumir a maternidade.

(Artigo publicado originalmente no site de Profesionales por la Ética)

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