“A MULHER NÃO DESEJA O ABORTO”

Dra. Pilar Virgil explica por que muitas mulheres chegam a cometer o aborto e roga: “Ajudemos as mulheres para que não abortem seus filhos!”.
A equipe de reportagem do ‘Destrave’ entrevistou  a médica, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, *Dra. Pilar Virgil, para um esclarecimento sobre a relação da mulher com o aborto. (Veja também especial sobre aborto)
Destrave: Muitas pessoas aderem ao aborto porque pensam que as mulheres podem fazer o que quiserem com o corpo, mas quando se encontram numa situação como esta não sabem como reagir e o que fazer. O que dizer a este respeito?
Dra. Pilar Virgil: Primeiramente é preciso pensar que eu não tenho um corpo, eu sou um corpo. Muitas vezes, nós pensamos: “Eu tenho um corpo”, vai ser como um brinquedo, porém, este “brinquedo” é diferente, e não é um “brinquedo”, sou eu. Portanto, o que eu faço comigo mesma é muito importante, e muitas vezes, tomamos decisões porque não nos conhecemos.
"Ajudemos estas mulheres a seguir com sua vida lhes dando onde morar,
 um lugar para trabalhar e seguir estudando", pediu Dra. Pilar

Destrave: Qual é o tipo de distúrbio que pode acontecer com uma mulher que pratica o aborto?
Dra. Pilar Virgil: O principal distúrbio ocorrido com o aborto é o que acontece com essa pessoa, porque o aborto tem vítimas. Então as consequências já conhecemos e são muitíssimas, por isso, é muito comum o desenvolvimento de certos transtornos. Porém, eu queria ir além: porque o que me importa são as consequências dos meus atos ou importa o que faço? (veja: as consequências do aborto na vida de uma mulher)
Destrave: Por que as mulheres chegam a ponto de pensar e praticar um aborto?
Dra. Pilar Virgil: Esta pergunta é fundamental: “Por que uma mulher quer fazer isso?”.
“É muito estranho encontrar uma mulher que deseja o aborto. A mulher deseja a vida”, alerta Dra. Pilar.
O que acontece com esta mulher? A mulher está só e muitas vezes não tem ninguém que a acompanhe. E diante dessa solidão tem temor. Do que tem medo? Milhares de mulheres nos têm dito ter medo de não ter onde viver, temor de não poder terminar seus estudos e de perder seu trabalho.

Portanto, esta é uma tarefa de todos. Que nós, diante desta mulher que está grávida e com medo, nos preocupemos com ela, acolhendo-a e dando-lhe um lugar onde dormir. Pais, permitam que elas continuem em sua casa e que elas continuem estudando.
É preciso dizer para esta mulher que a criança não vai competir com os seus ideais de vida. Por isso eu queria fazer um pedido: quando uma mulher se vê diante da dúvida se borta ou não ela nunca vai querer matar, pois a mulher deseja a vida. Que ajudemos estas mulheres a seguir com a sua vida lhe dando onde morar, um lugar para trabalhar e seguir estudando. Eu creio que, com esta maneira de acolher, poucas mulheres optariam por essa situação [aborto].
Assista, na íntegra, a entrevista com Dra. Pilar Virgil.

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