A mulher da Palavra

“Contrastando com a primeira Eva, cuja atitude perfeitamente consciente de desobediência à Palavra de Deus no início da criação original causaria a ruína da humanidade, a resposta “seja feito conforme a vossa vontade” da segunda ou nova Eva, embora não plenamente entendida por ela mesma, seria a resposta que daria início à nova criação, à restauração da humanidade (cf. Gn 3,1-7; Lc 1,38). Por isso Isabel, que primeiro aclamou Maria como a mãe do seu Senhor, exclamaria então, como que para dar o sentido correto e completo ao fato: “O Senhor te abençoou por teres acreditado que ele manteria a sua promessa, a sua palavra” (cf. Lc 1,43-45). No decorrer do Seu ministério, o próprio Jesus indiretamente prestaria a mesma homenagem à Sua mãe. Quando ao final de uma de Suas pregações uma mulher ergueu louvores à Sua mãe, dizendo o quanto ela era privilegiada por ter um filho como Ele, Jesus afirmou que, na verdade, Ele era muito mais abençoado por ter uma mãe como ela, e declarou que são bem-aventuradas as pessoas que, como ela, ouvem a Palavra de Deus e obedecem (cf. Lc 11,27-28). Numa outra ocasião, depois de contar a parábola do semeador, Ele foi avisado por um discípulo de que Sua mãe O estava procurando e argumentou que todos os que colocavam como Seus discípulos eram tão preciosos para Ele quanto sua mãe, na medida em que se comportassem como ela, ouvindo a Palavra de Deus e a praticando, para produzir assim abundantes frutos em suas vidas (cf. Lc 8,15.17-21).”

Esse é o trecho do livro “Quem é Jesus?” de Padre Rufus.

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