Bispos defendem beatificação de Zilda Arns

Gracielle Reis
Enviada especial a Aparecida, com CNBB

A coletiva foi conduzida pelo porta-voz da Assembleia, Dom Orani João Tempesta
Durante a coletiva desta terça-feira, 10, os bispos se mostraram favoráveis à abertura do processo de beatificação da Zilda Arns, a fundadora da Pastoral da Criança. A médica morreu durante o terremoto que atingiu o Haiti, em 2010, quando participava no país de um encontro com líderes religiosos para iniciar os trabalhos da pastoral entre as crianças haitianas.

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"Depois de cinco anos*, eu serei um ardoroso defensor da causa de beatificação da Drª. Zilda Arns", declarou o Bispo Emérito de Blumenau (SC), Dom Angélico Sândalo. O bispo denonimou a médica como um "trator de Deus" pela sua dedicação e doação pelo Evangelho.  

O Cardeal Arcebispo de São Paulo (SP), Dom Odilo Pedro Scherer, ressaltou que ela morreu em missão de paz e explicou ainda que o processo é aberto na diocese onde a pessoa morreu, no caso Porto Príncipe. Contudo, evidentemente, que será solicitado ao bispo local que o processo tenha início no Brasil.   

Bispos eméritos

Em sua colocação, Dom Angélico Sândalo anunciou que os bispos reunidos na Assembleia aprovaram o pedido à Santa Sé de alteração no Código de Direito Canônico (CDC) para que os bispos eméritos continuem como participantes das Conferências Episcopais, mesmo com atuações mais restritas. "Continuamos a ser os mensageiros do Evangelho", acrecentou Dom Angélico.

O prelado representa hoje 150 bispos eméritos do país e enfatizou que os bispos eméritos não desejam ocupar cargos de direção, mas apenas continuar colaborando com a Conferência Episcopal.

O atual Código de Direito Canônico afirma que o bispo, após completar 75 anos de idade, apresente a carta de renuncia de seu cargo à Santa Sé. Sendo aceita pelo Papa, o bispo se torna emérito, deixando a administração da diocese e deixando também de pertencer à Conferência Episcopal de seu país (cânon 401 do CDC).

Nova evangelização

"A Igreja Católica não está apagando a sua chama". Com esta o Arcebispo de São Paulo reforçou o trabalho da Igreja em todo mundo de anunciar a Palavra de Deus e destacou a criação do novo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização no ano passado.

Dom Odilo, que é membro do novo Pontifício Conselho, declarou também que o organismo, sem dúvida nenhuma, se valerá das novas tecnologias como meio de evangelização, conforme frisou o Papa Bento XVI na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações deste ano.

"A internet está, sem dúvida, entre os novos modos de evangelizar, nos novos espaços de encontro e interação entre as pessoas. Mas, quanto às decisões específicas é precoce ainda lançar afirmações porque não fizemos a reunião ainda", adiantou o arcebispo ao mencionar a primeira reunião do dicastério no fim deste mês.

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