Família é fundamental para futuro da sociedade, afirma Bento XVI

Leonardo Meira
Da Redação CN

Bento XVI recebeu em audiência os participantes da Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes na manhã desta sexta-feira, 28.

"O futuro da nossa sociedade repousa sobre o encontro entre os povos, sobre o diálogo entre culturas no respeito da identidade e das legítimas diferenças. Neste cenário, a família mantém o seu papel fundamental", afirmou o Papa com relação à necessidade de favorecer não somente o indivíduo migrante, mas também sua família como "lugar e recurso da cultura da vida e fator de integração de valores", disse.

Acesse.: Discurso do Papa ao Pontifício Conselho para os Migrantes

O encontro aconteceu na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano. A Assembleia tem como tema Pastoral da mobilidade humana hoje, no contexto da corresponsabilidade dos Estados e dos Organismos Internacionais.

O Santo Padre ressaltou que o esforço de cooperação entre os organismos internacionais e os governos deve ser incentivado, indicando que "ainda não se tornou profundo o desejo em muitos de quebrar os muros que dividem e estabelecer acordos globais, também mediante disposições legislativas e práticas administrativas que favoreçam a integração, o intercâmbio e enriquecimento recíproco".

Bento XVI destacou que a aquisição de direitos anda de mãos dadas com a aceitação de deveres, sendo que ambos não são apenas um produto social, mas "brotam da própria natureza humana, como afirma a Encíclica Pacem in Terris, do Beato Papa João XXIII".

Entre as problemáticas enfrentadas pelos migrantes e elencadas pelo Papa estão o ingresso ou expulsão forçada para o estrangeiro, a usabilidade dos bens da natureza, da cultura e da arte, da ciência e da técnica, que a todos devem estar acessíveis, de acordo com ele.

O Pontífice encerrou sua intervenção desejando que "os direitos fundamentais da pessoa humana podem ser o ponto focal do compromisso de corresponsabilidade das instituições nacionais e internacionais". Da mesma forma, lembrou aos membros do Pontifício Conselho que seu setor pastoral está ligado a um fenômeno em contínua expansão.

"Portanto, o vosso papel deverá traduzir-se em respostas concretas de proximidade e acompanhamento pastoral das pessoas, tendo em conta as diferentes situações locais", finalizou.

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