EVANGELHO QUOTIDIANO - 28 de maio de 2010

Hoje a Igreja celebra : Santa Maria Ana de Paredes, virgem, +1645
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1ª Carta de S. Pedro 4,7-13.
Ora, o fim de todas as coisas está próximo. Sede, portanto, sensatos e sóbrios para vos poderdes dedicar à oração.
Acima de tudo, mantende entre vós uma intensa caridade, porque o amor cobre a multidão dos pecados.
Exercei a hospitalidade uns com os outros, sem queixas.
Como bons administradores das várias graças de Deus, cada um de vós ponha ao serviço dos outros o dom que recebeu.
Se alguém tomar a palavra, que seja para transmitir palavras de Deus; se alguém exerce um ministério, faça-o com a força que Deus lhe concede, para que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo. A Ele a glória e o poder por todos os séculos dos séculos. Ámen.
Caríssimos, não estranheis a fogueira que se ateou no meio de vós para vos pôr à prova, como se vos acontecesse alguma coisa estranha.
Pelo contrário, alegrai-vos, pois assim como participais dos padecimentos de Cristo, assim também rejubilareis de alegria na altura da revelação da sua glória.

Livro de Salmos 96,10.11-12.13.
Proclamai entre os povos: "O Senhor é rei!" Por isso, a terra está firme, não vacila; Deus governa os povos com equidade.
Alegrem se os céus, exulte a terra! Ressoe o mar e tudo o que nele existe!
Alegrem se os campos e todos os seus frutos, exultem de alegria todas as árvores dos bosques
na presença do SENHOR, que se aproxima e vem para governar a terra! Ele governará o mundo com justiça e os povos, com a sua fidelidade.

Evangelho segundo S. Marcos 11,11-26.
Chegou a Jerusalém e entrou no templo. Depois de ter examinado tudo em seu redor, como a hora já ia adiantada, saiu para Betânia com os Doze.
Na manhã seguinte, ao deixarem Betânia, Jesus sentiu fome.
Vendo ao longe uma figueira com folhas, foi ver se nela encontraria alguma coisa; mas, ao chegar junto dela, não encontrou senão folhas, pois não era tempo de figos.
Disse então: «Nunca mais ninguém coma fruto de ti.» E os discípulos ouviram isto.
Chegaram a Jerusalém; e, entrando no templo, Jesus começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; deitou por terra as mesas dos cambistas e os bancos dos vendedores de pombas,
e não permitia que se transportasse qualquer objecto através do templo.
E ensinava-os, dizendo: «Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos? Mas vós fizestes dela um covil de ladrões.»
Os sacerdotes e os doutores da Lei ouviram isto e procuravam maneira de o matar, mas temiam-no, pois toda a multidão estava maravilhada com o seu ensinamento.
Quando se fez tarde, saíram para fora da cidade.
Ao passarem na manhã seguinte, viram a figueira seca até às raízes.
Pedro, recordando-se, disse a Jesus: «Olha, Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou!»
Jesus disse-lhes: «Tende fé em Deus.
Em verdade vos digo, se alguém disser a este monte: 'Tira-te daí e lança-te ao mar’, e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz se vai realizar, assim acontecerá.
Por isso, vos digo: tudo quanto pedirdes na oração crede que já o recebestes e haveis de obtê-lo. Quando vos levantais para orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe primeiro,
para que o vosso Pai que está no céu vos perdoe também as vossas ofensas.
Porque, se não perdoardes, também o vosso Pai que está no Céu não perdoará as vossas ofensas.» 



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano
Sermão 46 (a partir da trad. Cervo 1980, t. 2, p. 24)
«Não está escrito: A Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos? Mas vós fizestes dela um covil de ladrões.»
Nosso Senhor entrou no Templo e expulsou todos os que compravam e vendiam, dizendo: «A Minha casa será chamada casa de oração. Mas vós fizestes dela um covil de ladrões». Que templo é este que se tornou um covil de ladrões? É a alma e o corpo do homem, que são muito mais o verdadeiro templo de Deus que todos os templos alguma vez edificados (1Cor 3, 17; 6, 19).

Quando Nosso Senhor quer vir a este templo, encontra-o transformado num covil de ladrões e numa feira de mercadores. Quem é o mercador? São os que dão o que têm – o seu livre árbitro – por aquilo que não têm – as coisas deste mundo. O mundo está cheio desses mercadores! Há-os entre os padres e os leigos, entre os religiosos, monges e freiras. [...] Tanta gente tão cheia da sua própria vontade [...]; tanta gente que procura em tudo o seu próprio interesse. Pelo contrário, se quisessem fazer negócio com Deus, oferecendo-Lhe a sua vontade, que feliz negócio fariam!

O homem deve querer, deve seguir, deve procurar Deus em tudo o que faz; e quando tiver feito tudo – beber, dormir, comer, falar, ouvir –, deixe então completamente as imagens das coisas e esvazie o seu templo. Uma vez o templo esvaziado, uma vez expulso esse bando de vendedores, a imaginação que te estorva, poderás ser uma casa de Deus (Ef 2, 19). Terás então a paz e a alegria do coração, e mais nada te perturbará, nada do que agora te preocupa, te deprime e te faz sofrer.


 

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