Papa fala sobre monge que defendia presença de Jesus na Eucaristia

Da Redação CN, com Rádio Vaticano

Dando continuidade às reflexões das Catequeses das quarta-feiras, o Papa Bento XVI recordou hoje, 9, um monge do século XII: Ruperto de Deutz. Em seu discurso, o Santo Padre relatou o testemunho do monge e explicou que, contra alguns que defendiam uma presença meramente simbólica de Jesus na Eucaristia, Ruperto defendia a presença real, afirmando a continuidade entre o Corpo do Verbo encarnado e o Corpo de Cristo presente nas espécies do pão e do vinho.

Segundo o costume da época, Ruperto foi acolhido, quando criança, no mosteiro beneditino de São Lourenço, onde recebeu uma aplicada educação. Desde cedo, manifestou seu amor pela vida monástica. No ano 1120, o nomearam abade de Deutz, onde viveu até a morte em 1129.

De acordo com o Santo Padre, Ruperto deixou uma grande quantidade de obras, que, ainda hoje, suscitam grande interesse. Na vida, deu provas de profunda adesão ao Sucessor de Pedro, tendo preferido ver adiada sua ordenação sacerdotal a recebê-la das mãos de um bispo em divergência com o Papa. A referência ao ministério petrino garante fidelidade à sã doutrina e dá serenidade e liberdade interior, afirmou Bento XVI.

Mas, por que encarnou o Verbo divino? - interroga o Pontífice. Diziam alguns: para reparar o pecado do homem. Ruperto alarga o horizonte e explica: a encarnação sempre estivera prevista, independentemente do pecado do homem; era necessária para que a humanidade pudesse reunir-se em Cristo como uma só família para glória e louvor de Deus Pai.

No final da Audiência, realizada na Sala Paulo VI, o Papa saudou os presentes em várias línguas, entre as quais em português: "Amados peregrinos de língua portuguesa, desejo a todos um tempo santo de Advento fixando o olhar na Virgem Mãe, a parte melhor e mais excelsa da Igreja. Como Maria, preparemos o coração, a família, os amigos para acolher e oferecer Jesus no Natal. São os meus votos e também a minha bênção!".

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