EVANGELHO QUOTIDIANO - Terça-feira, dia 03 de Novembro de 2009


Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Terça-feira, dia 03 de Novembro de 2009

Terça-feira da 31ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Martinho de Porres (ou de Lima), religioso, +1639

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Balduíno de Ford : «Feliz o que comer no banquete do Reino de Deus!»


Carta aos Romanos 12,5-16.

assim acontece connosco: os muitos que somos formamos um só corpo em Cristo, mas, individualmente, somos membros que pertencem uns aos outros. Temos dons que, consoante a graça que nos foi dada, são diferentes: se é o da profecia, que seja usado em sintonia com a fé; se é o do serviço, que seja usado a servir; se um tem o de ensinar, que o use no ensino; se outro tem o de exortar, que o use na exortação; quem reparte, faça-o com generosidade; quem preside, faça-o com dedicação; quem pratica a misericórdia, faça-o com alegria. O amor faz o bem Que o vosso amor seja sincero. Detestai o mal e apegai-vos ao bem. Sede afectuosos uns para com os outros no amor fraterno; adiantai-vos uns aos outros na estima mútua. Não sejais preguiçosos na vossa dedicação; deixai-vos inflamar pelo Espírito; entregai-vos ao serviço do Senhor. Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração. Partilhai com os santos que passam necessidade; aproveitai todas as ocasiões para serdes hospitaleiros. Bendizei os que vos perseguem; bendizei, não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram. Preocupai-vos em andar de acordo uns com os outros; não vos preocupeis com as grandezas, mas entregai-vos ao que é humilde; não vos julgueis sábios por vós próprios.


Evangelho segundo S. Lucas 14,15-24.

Ouvindo isto, um dos convidados disse-lhe: «Feliz o que comer no banquete do Reino de Deus!» Ele respondeu-lhe: «Certo homem ia dar um grande banquete e fez muitos convites. À hora do banquete, mandou o seu servo dizer aos convidados: 'Vinde, já está tudo pronto.' Mas todos, unanimemente, começaram a esquivar-se. O primeiro disse: 'Comprei um terreno e preciso de ir vê-lo; peço-te que me dispenses.' Outro disse: 'Comprei cinco juntas de bois e tenho de ir experimentá-las; peço-te que me dispenses.' E outro disse: 'Casei-me e, por isso, não posso ir.' O servo regressou e comunicou isto ao seu senhor. Então, o dono da casa, irritado, disse ao servo: 'Sai imediatamente às praças e às ruas da cidade e traz para aqui os pobres, os estropiados, os cegos e os coxos.' O servo voltou e disse-lhe: Senhor, está feito o que determinaste, e ainda há lugar.' E o senhor disse ao servo: 'Sai pelos caminhos e azinhagas e obriga-os a entrar, para que a minha casa fique cheia.' Pois digo-vos que nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Balduíno de Ford (?- c. 1190), abade cisterciense
O Sacramento do Altar, II, 3; PL 204, 691 (a partir da trad. de Orval; cf. SC 93, p. 255)

«Feliz o que comer no banquete do Reino de Deus!»


O salmista diz: «O vinho alegra o coração do homem [...] e o pão robustece-lhe as forças» [Sl 104 (103), 15]. Para aqueles que crêem Nele, Cristo é alimento e bebida, pão e vinho. É pão porquanto dá força e firmeza, conforme a seguinte palavra de Pedro: «Depois de terdes padecido por um pouco de tempo, o Deus que é todo graça, e vos chamou em Jesus Cristo à Sua eterna glória, há-de restabelecer-vos e consolidar-vos, tornar-vos firmes e fortes» (1Pe 5, 10). É bebida e vinho porquanto dá alegria, segundo a expressão do salmista: «Alegra o espírito do teu servo, pois para ti, Senhor, elevo a minha alma» [Sl 86 (85), 4].

Tudo o que em nós é forte, sólido, firme, alegre e feliz para cumprir os mandamentos de Deus, suportar os males, agir de acordo com a obediência e defender a justiça, tudo isso vem da força deste pão ou da alegria deste vinho. Felizes aqueles cujas acções são fortes e alegres! E, uma vez que ninguém é capaz de o fazer por si mesmo, felizes os que desejam avidamente agarrar-se ao que é justo e honesto e ser, em todas as coisas, fortificados e deleitados por Aquele que diz: «Felizes os que têm fome e sede de justiça» (Mt 5, 6). Se Cristo é, desde já, pão e bebida que dá força e alegria aos justos, quanto mais o será na vida futura, quando Se der, Ele próprio, sem medida, aos justos?

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