EVANGELHO QUOTIDIANO - Quinta-feira, dia 20 de Agosto de 2009


Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Quinta-feira, dia 20 de Agosto de 2009

Quinta-feira da 20ª semana do Tempo Comum


Hoje a Igreja celebra : S. Bernardo de Claraval, abade, Doutor da Igreja, +1153

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Santo Agostinho : O traje das bodas


Livro de Juízes 11,29-39.

Então, o espírito do SENHOR desceu sobre Jefté; Jefté atravessou Guilead e Manassés; depois, Mispá de Guilead; de Mispá de Guilead atravessou a fronteira dos amonitas. Jefté fez um voto ao SENHOR, dizendo: «Se realmente entregas nas minhas mãos os amonitas, pertencerá ao SENHOR quem quer que saia das portas da minha casa para me vitoriar pelo meu regresso a salvo da terra dos amonitas; eu oferecê-lo-ei em holocausto.» Então, Jefté marchou contra os amonitas e travou combate contra eles; o SENHOR entregou-os nas suas mãos. Derrotou-os desde Aroer até às proximidades de Minit, tomando-lhes vinte cidades, e até Abel-Queramim; foi uma derrota muito grande; deste modo, os amonitas foram humilhados pelos filhos de Israel. Quando Jefté regressou a sua casa em Mispá, eis que sua filha saiu para o vitoriar, dançando e tocando tamborim; ela era filha única; não tinha mais filhos nem filhas. Ao vê-la, rasgou as suas vestes e disse: «Ai, minha filha! Tu fazes-me lançar no desespero! Tu és a minha desgraça! Eu falei demais na presença do SENHOR; agora não posso tornar atrás.» Ela disse-lhe: «Meu pai, tu falaste demais na presença do SENHOR; faz comigo segundo o que saiu da tua boca, pois o SENHOR deu-te a vingança contra os teus inimigos, os amonitas.» Depois, disse a seu pai: «Concede-me o seguinte: deixa-me sozinha durante dois meses para que eu vá vaguear pelas montanhas, chorando a minha virgindade, eu e as minhas companheiras.» Ele disse: «Vai.» E deixou-a partir durante dois meses; ela foi com as suas companheiras e chorou sobre as montanhas a sua virgindade. Ao fim de dois meses, voltou para junto de seu pai; este cumpriu nela o voto que havia feito. Ora ela não conhecera homem e foi assim que nasceu em Israel


Evangelho segundo S. Mateus 22,1-14.

Tendo Jesus recomeçado a falar em parábolas, disse-lhes: «O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer. De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: 'Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.’ Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio. Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos. O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade. Disse, depois, aos servos: 'O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.’ Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. E disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’ Mas ele emudeceu. O rei disse, então, aos servos: 'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’ Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Sermão 90, 5-6; PL 38-39, 561-563

O traje das bodas


Que é o traje das bodas, a veste nupcial? O apóstolo Paulo diz-nos: «Os preceitos não têm outro objectivo senão a caridade que nasce de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sem fingimento» (1Tim 1, 5). É essa a veste nupcial. Não se trata de um qualquer amor, porque muitas vezes vêem-se homens que amam com má consciência. Os que se entregam juntos a brigas, à maldade, os que se amam com o amor dos actores, dos condutores de carros, dos gladiadores, amam-se generosamente entre si, mas não com aquela caridade que nasce de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sem fingimento; ora, a veste nupcial não é essa caridade.

Revesti-vos, pois, da veste nupcial, vós que ainda a não tendes. Já entrastes na sala do banquete, ides aproximar-vos da mesa do Senhor, mas não tendes ainda, em honra do Esposo, a veste nupcial: procurais ainda os vossos interesses e não os de Jesus Cristo. Usa-se o traje nupcial para honrar a união nupcial, isto é, o Esposo e a Esposa. Vós conheceis o Esposo, é Jesus Cristo; conheceis a Esposa, é a Igreja (Ef 5, 32). Prestai honra àquela que é desposada, prestai honra também Àquele que a desposa.

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