EVANGELHO QUOTIDIANO - Domingo, dia 09 de Agosto de 2009


Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Domingo, dia 09 de Agosto de 2009

19º Domingo do Tempo Comum - Ano B


XIX Domingo do Tempo Comum (semana III do saltério)
Hoje a Igreja celebra : Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), religiosa, mártir, padroeira da Europa, +1942

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São Cirilo de Alexandria : «E o pão que Eu hei-de dar é a Minha carne, pela vida do mundo»


Livro de 1º Reis 19,4-8.

Elias entrou no deserto e andou o dia inteiro. Depois sentou-se debaixo de um junípero e, desejando a morte, exclamou: “Já basta, Senhor. Tirai-me a vida, porque não sou melhor do que meus pais”. Deitou-se por terra e adormeceu à sombra do junípero. Nisto, um Anjo tocou-lhe e disse: “Levanta-te e come”. Ele olhou e viu à sua cabeceira um pão cozido sobre pedras quentes e uma bilha de água. Comeu e bebeu e tornou a deitar-se. O Anjo do Senhor veio segunda vez, tocou-lhe e disse-lhe: “Levanta-se e come, porque ainda tens um longo caminho a percorrer”. Elias levantou-se, comeu e bebeu. Depois, fortalecido com aquele alimento, caminhou durante quarenta dias e quarenta noites até ao monte de Deus, Horeb.


Carta aos Efésios 4,30-32.5,1-2.

E não ofendais o Espírito Santo de Deus, selo com o qual fostes marcados para o dia da redenção. Toda a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com toda a maldade. Sede, antes, bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos bem amados, e procedei com amor, como também Cristo nos amou e se entregou a Deus por nós como oferta e sacrifício de agradável odor.


Evangelho segundo S. João 6,41-51.

Os judeus puseram-se, então, a murmurar contra Ele por ter dito: 'Eu sou o pão que desceu do Céu'; e diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José, de quem nós conhecemos o pai e a mãe? Como se atreve a dizer agora: 'Eu desci do Céu'?» Jesus disse-lhes, em resposta: «Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não atrair; e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia. Está escrito nos profetas: E todos serão ensinados por Deus. Todo aquele que escutou o ensinamento que vem do Pai e o entendeu vem a mim. Não é que alguém tenha visto o Pai, a não ser aquele que tem a sua origem em Deus: esse é que viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram. Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá. Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

São Cirilo de Alexandria (380-444), Bispo e Doutor da Igreja
Comentário ao evangelho de São Lucas, 22

«E o pão que Eu hei-de dar é a Minha carne, pela vida do mundo»


Como podia o homem, inexoravelmente preso à terra e submetido à morte, ter de novo acesso à imortalidade ? Era preciso que a sua carne se tornasse participante da força vivificadora que é Deus. Ora, a força vivificadora de Deus nosso Pai é a Sua Palavra, é o Filho Único; foi Ele que Deus nos enviou como Salvador e Redentor. [...]

Se deitares um pedacinho de pão em azeite, água ou vinho, impregnar-se-á das propriedades destes. Se o ferro estiver em contacto com o fogo, será tomado pela energia deste e, ainda que de facto o ferro seja por natureza ferro somente, tornar-se-á semelhante ao fogo. Do mesmo modo, portanto, o Verbo vivificador de Deus, ao unir-Se à carne de que Se apropriou, tornou-a vivificadora.

Disse, com efeito: «Aquele que crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida». E ainda: «Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar, é a Minha carne. Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós». Do mesmo modo, portanto, ao comermos a carne de Cristo, Salvador de todos nós, e ao bebermos o Seu sangue, temos em nós a vida, tornamo-nos um com Ele, e Ele permanece em nós.

Ele tinha de vir até nós da maneira que convém a Deus, pelo Espírito Santo, e de integrar-Se de alguma forma nos nossos corpos, pela Sua santa carne e pelo Seu precioso sangue que, em benção vivificadora, recebemos no pão e no vinho. De facto [...], Deus usou de condescendência para com a nossa fragilidade e pôs toda a força da Sua vida nos elementos do pão e do vinho, que estão, assim, dotados da energia da Sua própria vida. Não hesiteis pois em crer, pois o próprio Senhor claramente o disse: «Isto é o Meu corpo» e «Isto é o Meu sangue».

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